
MÊS DE MARIA COM JOSÉ ENGLING
Os exercícios espirituais
Durante o mês e meio de férias de 1915, com apenas 17 anos, José interiorizou profundamente a sua condição de jovem Congregado Mariano e elaborou os seus propósitos de forma a integrá-los na vida.
José Engling torna-se mestre na arte da construção espiritual. De regresso a Schoenstatt, tenta sintetizar o seu ideal e o seu programa de vida. Schoenstatt era a grande ideia da sua vida. Escreveu no seu caderno: Quero tornar-me tudo para todos e ser propriedade especial de Maria. Para conquistar a santidade na vida diária tomou como propósito particular: Fidelidade nas pequenas coisas.
Ao trabalhar na prática a sua teoria, José Engling escreveu séries de perguntas agrupando-as por temas, a fim de controlar não apenas o cumprimento dos propósitos espirituais, mas o seu relacionamento com os outros e com as suas obrigações quotidianas.
Na prática, estes seus exames de consciência passaram a ser feitos não apenas sob o ponto de vista do dever, mas do grau de heroísmo que empregava nos trabalhos executados por iniciativa própria, evitando ocupar-se demais na investigação das suas faltas.
Mas desanimava frequentemente por não cumprir os seus propósitos. Só conseguiu a tranquilidade interior quando se abandonou à Mãe com ilimitada confiança. A partir daí os seus escritos revelam um tom filial, uma crescente confiança na vitória de Maria sobre a sua pessoa.
Por amor a Maria procurava aperfeiçoar sem descanso a sua vida, limando as arestas do carácter, vencendo os caprichos e os sentimentos de tristeza e desânimo.
Nos finais de 1915, o Padre Kentenich nomeia José Engling dirigente dos candidatos à Congregação o que lhe confere duas difíceis tarefas: Prefeito da Congregação e guia dos aspirantes. A este novo desafio José responde com o seu habitual empenho e procura realizar da melhor forma o seu trabalho.
Aproximou-se dos aspirantes e contagiou-os com o fogo do seu entusiasmo, conseguindo apoiar os que tinham maiores dificuldades, ajudando-os no estudo e no desenvolvimento da sua vida espiritual de forma individualizada.
Em Maio de 1916, José Engling resolve oferecer um ramo de flores espirituais a Maria e escreve:
Flores de Maio do jardim do meu coração, oferecidas à Rainha de Maio no seu mês de 1916.
Mãe, para ti quero plantar e cultivar:
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A rosa do amor e da estima.
Assim como a rosa é a rainha das flores, sê tu a rainha do meu coração. À tua disposição, minha soberana, ponho tudo o que tenho, em especial:-
Actos de entrega a ti
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Promover a tua honra
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Leituras referentes a ti
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Conversações referentes a ti
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Saudações à tua imagem
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Visitar a capelinha da Congregação
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Terço
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Comunhão
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Comunhão espiritual
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Actos de apostolado
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Fazer de ti o ponto central do meu dia
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Jaculatórias
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O miosótis da fidelidade ao teu serviço.
Quero ser-te fiel por estes meios:-
Rezar bem as orações dos congregados
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Preparar a reunião
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Fazer com atenção a leitura espiritual
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Estudar com afinco
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Guardar silêncio na sala de estudos
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Silêncio ao toque da campainha
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Cumprir com exactidão os meus trabalhos
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Fazer particularmente bem a minha cama
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Ter ordem na carteira
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Ser dócil às inspirações da graça e da consciência
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A violeta da humildade e da modéstia,
procurando:-
Aceitar as correcções com paciência
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Perdoar as ofensas
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Obedecer com alegria
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A flor da paixão e do amor ao sacrifício
desabrochará pelo:-
Paciente aturar das coisas desagradáveis
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Comportamento cheio de atenções
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Cortesia
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Domínio de mim mesmo à mesa
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Cumprimento exacto do exame particular
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Leitura do livro de boas maneiras
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Leitura do regulamento
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Prestar favores
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Outros sacrifícios
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O lírio da pureza
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Vigiar os olhos, especialmente no dormitório
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Silêncio no dormitório
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Implorar a pureza na santa comunhão
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